A região metropolitana de Miami (Miami MSA), que inclui os condados de Miami-Dade, Broward e Palm Beach, foi classificada como o segundo mercado imobiliário mais promissor dos Estados Unidos em 2025, de acordo com o portal imobiliário Realtor.com.
O mercado imobiliário de alto padrão em Miami continua em forte valorização. Segundo dados recentes da MIAMI Association of Realtors e da Southeast Florida MLS, os preços médios de casas unifamiliares acima de US$ 1 milhão e de apartamentos existentes subiram novamente em fevereiro de 2025, mesmo em meio à volatilidade do mercado financeiro.
Em fevereiro deste ano, as vendas de casas de luxo subiram 3,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o volume total de transações cresceu 4,48%. O preço médio dos apartamentos também apresentou um aumento expressivo de 8,3%, refletindo a força da demanda. Mesmo com taxas de juro ainda elevadas e o mercado de ações em baixa, a alta concentração de compradores estrangeiros e transações à vista impulsiona a atividade no sul da Flórida. Miami aparece entre os principais mercados do país em número de imóveis com alta participação de capital próprio — cerca de 64,4% das casas são consideradas “equity rich”, ou seja, com menos de 50% de dívida.
Nos últimos dez anos, os preços dos apartamentos em Miami valorizaram 141%, enquanto as casas unifamiliares aumentaram 167%, o que demonstra o apelo contínuo da cidade para investidores. Apesar disso, Miami segue oferecendo mais espaço por dólar investido em comparação com outras cidades globais — com US$ 1 milhão, é possível adquirir cerca de 60 metros quadrados em áreas nobres da cidade, muito mais do que em locais como Nova York, Londres ou Paris.
O número de vendas totais no condado de Miami-Dade caiu 15,5% em relação ao ano anterior, impactado por fatores macroeconômicos como a escassez de financiamento para condomínios e a oferta limitada de imóveis em faixas de preço-chave. Mesmo assim, o segmento de luxo se mantém como o mais resiliente, principalmente impulsionado por compras em dinheiro. Em 2025, 40,8% das transações foram à vista, sendo que entre os apartamentos esse percentual chegou a 54,3%.
A oferta de imóveis ainda está abaixo do nível pré-pandemia. O estoque total de condomínios em Miami continua 31,9% inferior ao de fevereiro de 2019, embora tenha crescido 42,4% em relação ao ano passado. Já as casas unifamiliares registraram aumento de 32% na oferta no mesmo período. O tempo médio de venda também se estendeu: 88 dias para casas e 106 dias para apartamentos, um reflexo do mercado mais competitivo e do aumento de opções disponíveis.
Com previsão de redução das taxas de juro nos próximos meses e a continuidade do crescimento populacional — impulsionado sobretudo pela imigração internacional —, a expectativa é que o mercado volte a acelerar em 2025. O setor imobiliário de Miami, marcado por alta liquidez, forte valorização e demanda global, segue como um dos mais atrativos dos Estados Unidos para investidores nacionais e estrangeiros.
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